Sobre nomes e sabores
Publicado em 26/06/2006 em TEXTOS.Deprecated: preg_replace(): The /e modifier is deprecated, use preg_replace_callback instead in /home/ricardomedinacom/public_html/wp-includes/functions-formatting.php on line 83
O apelo popular imediato certamente é das pedras filosofais mais cobiçadas pelos marqueteiros. Gastam milhões de neurônios e reais para descobrir uma forma de tornar o polÃtico mais “Ãntimo” das multidões. O mais recente tubo de ensaio dessa experiência é o candidato tucano à Presidência da República. Alckmin, como (não) é conhecido, foi rebatizado, para fins eleitorais, de GERALDO.
Os nomes difÃceis, afirmam os magos do voto, não são assimilados pelos eleitores de baixa renda e pouca instrução. Tenho lá minhas dúvidas, pois se existe um lugar onde “exotismo” tem vez é justamente em certidão de nascimento de pobre. Principalmente em se tratando de um paÃs tão rico no quesito imigração, o que propicia rasgos de originalidade capazes de deixar de queixo caÃdo os especialistas em antroponÃmia.
Tempos atrás, quando começou a ficar famoso, depois de ter estrelado o filme “O Auto da Compadecida”, vi o Matheus Nachtergaele ser aconselhado pela Hebe Camargo a mudar seu nome, para facilitar a identificação com o público. Ele respondeu na lata, ao vivo e em cores: “Nem pensar. Aqui no Brasil as pessoas não têm dificuldade de falar o nome do Schwarzenegger; por que então teriam com o meu?” O auditório aplaudiu freneticamente.
Também paulista, o ator não capitulou. E, a julgar pelo sucesso que desfruta, não há marketing que o convencerá do contrário. Em relação a seu conterrâneo presidenciável, se benefÃcio ou prejuÃzo essa mudança trará, só as urnas dirão. Continuo achando que a maior ameaça à vitória de Geraldo Alckmin está mais no sabor, como bem apontou o sábio José Simão, do que no nome. Chuchu, em qualquer lÃngua, é mesmo de lascar.
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